quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sobre a morte


(clique na imagem para ampliar)

Perdi o bonde e a esperança
Volto pálido para casa

(Carlos Drummond de Andrade)

2 comentários:

  1. À Morte

    Morte, minha Senhora Dona Morte,
    Tão bom que deve ser o teu abraço!
    Lânguido e doce como um doce laço
    E, como uma raiz, sereno e forte.

    Não há mal que não sare ou não conforte
    Tua mão que nos guia passo a passo,
    Em ti, dentro de ti, no teu regaço
    Não há triste destino nem má sorte.

    Dona Morte dos dedos de veludo,
    Fecha-me os olhos que já viram tudo!
    Prende-me as asas que voaram tanto!

    Vim da Moirama, sou filha de rei,
    Má fada me encantou e aqui fiquei
    À tua espera…quebra-me o encanto!

    (Florbela Espanca)

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  2. faz tempo que não via nada de Florbela Espanca, gosto do peso de sua poesia ... poesia é mesmo encantador ...

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